top of page

%20(Post%20para%20Instagram)%20(1)_edited.jpg)
Curso de Música On-Line

"False Fingering":
Uma Técnica Explorada
por Coltrane, Brecker e Liebman
Introdução
"False fingering" é uma técnica avançada no saxofone que envolve a utilização de dedilhados alternativos para produzir a mesma nota, mas com timbres, afinações e nuances diferentes. Esta técnica é amplamente utilizada por grandes nomes do jazz, como John Coltrane, Michael Brecker e Dave Liebman, e é uma ferramenta poderosa para adicionar expressividade, variedade e complexidade à performance.
O que é False Fingering?
False fingering, ou "dedilhado falso", consiste em tocar uma nota usando dedilhados diferentes do habitual, resultando em variações de timbre, afinação e qualidade de som. Isso permite ao saxofonista manipular a textura e cor do som, criando efeitos únicos que podem soar mais ásperos, instáveis ou com um vibrato natural, especialmente em passagens rápidas ou frases repetitivas.
Histórico e Influência no Jazz
John Coltrane foi um dos pioneiros no uso do false fingering em contextos de improvisação, utilizando-o para criar tensão e interesse harmônico em suas longas sequências modais. Michael Brecker, por sua vez, elevou a técnica ao incorporá-la em seus solos de fusão e jazz moderno, combinando-a com técnicas avançadas como overtones e harmônicos. Dave Liebman, com sua abordagem altamente técnica e expressiva, explora false fingering para trazer complexidade rítmica e melódica a suas performances, especialmente em contextos de improvisação modal e livre.
Aplicação da Técnica
A técnica de false fingering pode ser aplicada em várias situações musicais, como:
Criação de variação tonal:
Ao tocar a mesma nota com diferentes dedilhados, o saxofonista pode alterar a cor do som, produzindo texturas que variam de suaves a ásperas.
Aumentar a expressividade:
False fingering permite variações dinâmicas e tonais que são difíceis de conseguir com o dedilhado convencional.
Efeito percussivo:
Em passagens rítmicas rápidas, o uso de dedilhados falsos pode criar um efeito de staccato ou um som mais entrecortado e percussivo.
Construção de tensão e liberação:
Ao alternar entre dedilhados falsos e normais, o saxofonista pode criar uma sensação de tensão que culmina em resolução, impactando emocionalmente a música.
Exemplos de Dedilhados Falsos
A seguir estão exemplos de como aplicar false fingering em notas comuns no saxofone:
1. **Sol agudo (G)**:
- Dedilhado normal: 1, 2, 3 (esquerda) e chave G.
- Dedilhado falso: 1, 2 (esquerda) com F frontal.
2. **Dó (C)**:
- Dedilhado normal: 2 (esquerda).
- Dedilhado falso: 1 (esquerda) com chave D.
3. **Ré (D)**:
- Dedilhado normal: 1, 2, 3 (esquerda) e chave F.
- Dedilhado falso: 1, 2 (esquerda) com a palma da mão pressionando a chave Eb.
Como Praticar False Fingering
Exercícios de longo tom:
Toque a mesma nota com diferentes dedilhados e ouça atentamente as variações de timbre.
Escalas modais: Experimente substituir dedilhados normais por falsos em escalas modais para sentir as nuances que cada dedo falso oferece.
Transcrição de solos:
Ouça solos de Coltrane, Brecker e Liebman e tente identificar onde eles utilizam false fingering. Em seguida, recrie essas passagens no seu instrumento.
Benefícios do False Fingering
Variação Timbal:
Oferece ao saxofonista a possibilidade de tocar a mesma nota com diferentes cores e expressões, algo vital para performances emotivas.
Riqueza Sonora:
O uso de false fingering enriquece a paleta de sons do músico, permitindo que ele se destaque e ofereça algo único em suas performances.
Expansão da Técnica:
Dominar false fingering pode melhorar a técnica geral de dedos do saxofonista, tornando suas mãos mais ágeis e versáteis.
Exemplos na Discografia
John Coltrane: Em álbuns como *A Love Supreme* e *Giant Steps*, Coltrane utiliza false fingering para criar texturas densas e contrastes tonais, especialmente em solos rápidos.
Michael Brecker: Em gravações como *Tales from the Hudson* e *Don't Try This at Home*, Brecker usa false fingering para adicionar agressividade e complexidade ao seu fraseado.
Dave Liebman: Liebman explora a técnica em álbuns como *Lookout Farm* e *Pendulum*, utilizando dedilhados alternativos para alcançar efeitos tonais únicos em suas improvisações.
Conclusão
A técnica de false fingering, quando bem explorada, adiciona uma nova dimensão de expressividade e complexidade ao saxofone. Compreender e aplicar essa técnica pode transformar a performance de um saxofonista, oferecendo uma rica paleta de sons que vai além do convencional. Se inspirando nos mestres como Coltrane, Brecker e Liebman, os músicos podem aprofundar sua conexão com o instrumento e expandir suas capacidades artísticas.
Referências
Livros:
- Liebman, Dave. *Developing a Personal Saxophone Sound*. Advance Music, 1991.
- Coltrane, John. *John Coltrane Omnibook*. Hal Leonard, 2013.
- **Álbuns**:
- John Coltrane, *A Love Supreme* (1965)
- Michael Brecker, *Tales from the Hudson* (1996)
- Dave Liebman, *Lookout Farm* (1974)
Discografia Recomendável
John Coltrane – Giant Steps (1959)
- Michael Brecker – Don't Try This at Home (1988)
- Dave Liebman – Pendulum (1978)
Essa técnica pode ser uma poderosa aliada no desenvolvimento de uma identidade sonora no jazz moderno e na improvisação.
"Quer dominar técnicas avançadas como o false fingering e elevar sua performance no saxofone? No meu curso completo de saxofone, você aprenderá não apenas essa técnica, mas muitos outros segredos que fizeram de mestres como Coltrane, Brecker e Liebman verdadeiras lendas do jazz. Inscreva-se agora e comece a transformar seu som e sua improvisação com aulas práticas e conteúdos exclusivos. Clique aqui e leve sua habilidade no saxofone para o próximo nível!"
#FalseFingering #SaxTechnique #JohnColtrane #MichaelBrecker #DaveLiebman #JazzImprovisation #SaxophoneTips #JazzSax #SaxLessons #MusicTheory #SaxophoneMastery #JazzMusicians
bottom of page